Exposição
Mais a mais ou menos de Fernando Lemos
Curadoria Rosely Nakagawa
Fotografia de Fernando Lemos
Acervo Instituto Moreira Salles
“nos meus pensamentos sempre
as palavras lutam duas a duas pela verdadepalavras se metem dentro
de outras palavras querendo ideiassou uma caixa de vários lados
com vários cantos
com duas sombrasuma escura que nasce da clara
outra clara que nasce da escuraa luz cintila e a sombra dorme
a sombra estatela-se e a luz ergue-senasce cada palavra dentro de outra palavra”
– Fernando Lemos
VISITAÇÃO | Suspensa
LOCAL | Casa de Eva
R. Des. Antão de Moraes, 588
Cidade Universitária, Campinas, SP
CEP 13083-310
PROTOCOLOS SANITÁRIOS PRÉVIOS
• uso de máscaras obrigatório
• agendamento para dia e horário com nome e contato para rastreamento caso necessário
• máximo 15 pessoas por horário
ORIENTAÇÕES DO LOCAL
• manter máscaras enquanto estiver no local
• manter distanciamento social
• higienização dos calçados na entrada
• medição de temperatura
• higienização de mãos com álcool em gel 70% disponível no local
Filme Mais a Mais ou Menos - Casa de Eva
Filmado em abril 2021 na Casa de Eva, em Campinas.
FICHA TÉCNICA
Fotografias: Fernando Lemos
Acervo Instituto Moreira Salles
Curadoria: Rosely Nakagawa
XII Festival Hercule Florence
Coordenação Geral: Ricardo Lima
Coordenação Artística: Ana Angélica Costa
Produção: Cristiane Taguchi e Cassiane Tomilhero
Museologia: Débora Bruno
Montagem: Rogério Borges e Flávio Franzosi
Comunicação Visual: Camila Almeida e Fabiana Pacola
VIDEO
Direção: Ana Angélica Costa e Fernando Petermann
Filmagem: Fernando Petermann
Edição: Luiz Eduardo Bordes / Carretel Filmes
Trilha sonora original: Marco Tommaso e Dôdo Ferreira
Textos e locução: Rosely Nakagawa
AGRADECIMENTOS
Beatrix Overmeer
Flávio Franzosi
Marina Neder
Instituto Moreira Salles
Thyago Nogueira
Odette Vieira
Angelo Manjabosco
Daniele Queiroz
Este Fernando Lemos nascido em Lisboa em maio de 1926, mais conhecido como fotógrafo, construiu uma trajetória artística exuberante, estruturada na libertação, subversão, provocação e contestação das regras.
Carregado pela mãe, ainda menino, ia ao mercado e às feiras, lendo em voz alta os jornais usados para embrulhar peixes. Na adolescência, foi a trabalhar em uma litografia; depois como desenhista e depois em agências de publicidade. Em 1949 comprou uma máquina fotográfica Flexaret e começou a fotografar. Sua primeira exposição surrealista, ampliou a visão de arte portuguesa em pleno período de repressão do governo de Salazar na década de 1940. A primeira exposição no Rio de Janeiro, provocou sua mudança definitiva para o Brasil, pouco antes do golpe militar de 1964.
Sempre explorando processos gráficos e fotográficos, ancorado no fazer artístico, construiu uma linguagem própria, recorrendo à inversão, à fragmentação, à solarização e a sobreposições. Sua obra é marcada pela imagem construída, visando um efeito de revelação, ocultação, incisão, encenação, invenção. E assinalada pela participação das mãos como ferramenta de construção de um diálogo entre o trabalho e o sonho.
Para Tereza Siza “…Tudo nele se liga, o físico e o econômico, o social e o político, a cultura que enfraqueceu os seus suportes tradicionais. A diversidade das opções, da obra, dos caminhos a seguir assenta na liberdade de pensar e de agir que orientou a sua personalidade, a sua vida e a sua influência.”
Jorge Molder diz no catálogo de 1994 da Fundação Calouste Gulbenkian, “uma obra com tal robustez e complexidade obriga sempre a um exercício periódico de revisitação que a redescobre e reinventa”. É este exercício que gostaríamos de propor a respeito deste artista imenso e intenso que está sempre a nos surpreender com a sua caixa de vários lados a iluminar as nossas sombras e transparências.
– Rosely Nakagawa
FICHA TÉCNICA
Fotografias
Fernando Lemos
Acervo
Instituto Moreira Salles
Curadoria
Rosely Nakagawa
Produção
Ana Angélica Costa
Museologia
Débora Bruno
Montagem
Rogério Borges